Inteligência Artificial na área da saúde

Hoje, vou partilhar mais uma aplicação online grátis de Inteligência Artificial (IA), em português…

Trata-se duma aplicação na área da saúde e, por isso, dois avisos prévios:

1 – As respostas são fornecidas pela IA e não por profissionais de saúde;

2 – A utilização da aplicação não substitui a realização de consulta no médico/a de família, que conhece o historial médico e pode solicitar exames complementares para a realização do diagnóstico.

Dito isto, pelo teste que realizei, a aplicação parece-me bastante completa.

Nota: Nas respostas, as letras acentuadas ou o c com cedilha podem aparecer substituídos por \ seguido de letras e números, mas é fácil resolver o problema…

Clique na frase “Fale agora gratuitamente” e escolha a primeira opção “Webchat”. Depois, em “Digite uma mensagem” escreva o que pretende perguntar…

https://heydoc.ai/pt

Como a “Inteligência Artificial” vê Alpiarça no estilo artístico de…

Como a “Inteligência Artificial” vê Alpiarça, no estilo artístico de Vincent van Gogh…

Texto indutor (prompt): “A vila de Alpiarça, Distrito de Santarém, em Portugal, no estilo artístico de Vincent van Gogh”. Experimentem em https://open.ai/

Escrevam o que pretendem no espaço ao lado de “Open AI” (canto superior esquerdo) e cliquem na seta a seguir ao texto indutor… Obtemos 4 imagens diferentes.

“Inteligência Artificial”:Magic ToDo…

Hoje, apresento-vos uma ferramenta gratuita de IA para ajudar a planear trabalhos complexos, desdobrando-os em tarefas mais simples…

Magic ToDo é uma ferramenta que permite dividir tarefas complexas em tarefas mais simples (clicando no ícone “varinha mágica” à direita da tarefa). A ferramenta constrói uma lista de tarefas que o utilizador pode desdobrar noutras, classificar cada uma quanto à sua dificuldade, filtrar por categoria ou reorganizar as etapas (movendo o ícone à esquerda). Permite também exportar a lista para ficheiro próprio da ferramente, arquivos “Todoist” ou “iCal”, para a memória do computador (e descarregar numa folha de word) ou, como exemplifico no vídeo, imprimir para ficheiro pdf, mantendo o formato original da lista.

https://goblin.tools/

REGRESSO AO PASSADO A OLHAR O FUTURO

As “novas” tecnologias da informação passaram a ser “vendidas” e divulgadas para “consumidores” e não para criadores… Apareceram as consolas, que não estão viradas para a programação e experimentação… As atuais gerações passaram a ser educadas para se constituírem como utilizadores passivos do processador de texto, da folha de cálculo, do viciante jogo…
No início dos anos 80 do século passado, tinha eu 27 ou 28 anos, apareceram os primeiros computadores, com tamanhos e preços acessíveis a uma parte significativa da população…  O microprocessador tinha surgido em meados da década de 70, com a fabricação da CPU (Unidade Central de Processamento) num único circuito integrado, permitindo a construção de computadores pessoais, pequenos e mais baratos. Em 1980, o inglês Clive Sinclair (que, em 1972, tinha desenvolvido uma das primeiras calculadoras eletrónicas de bolso do mundo), lançou o computador pessoal ZX80, no ano seguinte, o ZX81 e, em 1982, o bem conhecido ZX Spectrum, com  16 e 48 Kb… O meu primeiro computador foi um ZX81 adaptado pela Timex (que na altura possuía uma fábrica de componentes em Portugal) e vendido com a designação de Timex-Sinclair 1000. Custou-me, então, se não me engano, o equivalente a 30 €. Este computador não produzia imagens a cores nem sons e tinha a “espantosa” memória RAM de… 1 K (hoje falamos em gigas e teras…) que podíamos expandir para 16 K, encaixando um módulo externo de memória. O carregamento e gravação dos programas era efetuado através de gravadores e cassetes de áudio. Os programas originais vendidos pela Timex eram, na sua maioria, utilitários, existindo poucos jogos. Contudo, estes pequenos computadores deram origem à “revolução” informática pessoal pois podiam ser programados por qualquer utilizador, uma vez que traziam incorporada na ROM (Memória apenas de leitura) uma linguagem de programação, o BASIC (Código de instruções simbólicas de uso geral para principiantes). Nessa época, milhares de jovens (e menos jovens), movidos pela curiosidade em saber como funcionavam os computadores, começaram a fazer os seus próprios programas utilitários, educativos, jogos, etc., a experimentar as potencialidades destes novos equipamentos, a inovar, a inventar, a criar… Pela sua experiência, muitos destes primeiros utilizadores encontraram nesta área o seu futuro profissional, nas então novas tecnologias da informação… Nas décadas seguintes, os programas foram tornando-se mais complexos, os jogos de computador passaram a ser realizados por equipas multidisciplinares com orçamentos comparáveis aos dos grandes filmes… As “novas” tecnologias da informação passaram a ser “vendidas” e divulgadas para “consumidores” e não para criadores… Apareceram as consolas, que não estão viradas para a programação e experimentação… As atuais gerações passaram a ser educadas para se constituírem como utilizadores passivos do processador de texto, da folha de cálculo, do viciante jogo… Coloca-se, então, a “famosa” ( e sempre atual) questão: “Que fazer?” Alguns professores do Laboratório de Computadores da Universidade de Cambridge (Inglaterra) verificaram, ano após ano académico, um declínio acentuado nos conhecimentos e experiência sobre computadores demonstrados pelos jovens que lhes apareciam nos cursos. Nos anos 90, a maioria dos jovens eram experimentados programadores amadores e conhecedores do funcionamento dos computadores; no início do século XXI, quando muito, lá apareciam alguns que tinham feito um pouco de Web Design… O modo como os jovens interagiam com os computadores tinha mudado (para pior)!  Esta situação levou os referidos professores a pensarem, em 2006, na criação dum computador pequeno e barato, com objetivos educacionais, que incentivasse as crianças e jovens de todo o mundo a descobrirem o funcionamento dos computadores e o prazer da programação. Contudo, o tal computador, imaginado em 2006, só seria disponibilizado em 2011, com o nome de Raspberry Pi , cuja versão 3 substituiu a anterior  versão 2, modelo B, em fevereiro de 2016.  Este computador é um pouco maior do que um cartão de crédito e pode ser ligado a uma televisão com entrada HDMI (ou a uma TV com entrada de vídeo composto), permitindo visualizar vídeos em HD. Juntando qualquer teclado e rato usb, mais um cartão microSD com o sistema operativo e programas gratuitos, temos o sistema completo, com possibilidades de aceder à internet… Existe uma versão mais pequena e económica para projetos em que aqueles fatores são importantes, o Pi Zero, com 9 g e as seguintes dimensões: 6,5 cm x 3,1 cm x 0,5 cm. O Raspberry (framboesa) pi, nesta terceira geração, tem um processador quad-core ARM de 64-bit a 1.2GHz , um processador gráfico Videocore IV 3D, 1 GB de RAM, ligação Bluetooth 4.1 , portas  HDMI (digital) e de áudio-vídeo (analógico) por “jack” de 3.5 mm, 4 portas USB 2.0, armazenamento através de “slot” para cartão microSD (para o sistema operativo, dados e outros programas), ligação por cabo à internet (10/100 Ethernet RJ45)  e sem fios (2.4GHz 802.11n) e interfaces série para câmara (CSI) e ecrã LCD (DSI).  A alimentação é efetuada através de entrada mini USB (pode ser utilizado um carregador de telemóvel de 5 V ). Em Portugal, a Worten vende o Raspberry Pi 3 a 59,99 € (com caixa ABS), a nanoChip a 44,90 € (consulta em 05/01/2017) e é possível encontrá-lo mais barato procurando na internet. O Raspberry Pi possui, ainda, um GPIO (entrada / saída de uso geral) com 40 pinos, que marca uma significativa diferença com os outros computadores “grandes”, como veremos mais à frente. Para além de pequeno e barato, com mais de 11 milhões de unidades vendidas no final de novembro de 2016, as grandes vantagens deste computador residem nos factos de ter cada vez mais apoio no meio educativo, em especial o inglês, e do sistema operativo e muitos outros programas serem totalmente grátis, pois baseiam-se no “código aberto”  Linux. Estes programas podem ser descarregados no sítio da internet da fundação que apoia este computador (www.raspberrypi.org) e instalados num cartão microSD de 8 GB, que custa menos de 7 €. Um dos pacotes grátis de software para instalar no cartão microSD (ou SD em modelos mais antigos) aconselhado pela fundação aos iniciantes é o NOOBS, que contém (entre outros) o sistema operativo “oficial” Raspbian com interface gráfico (tipo “Windows”), diversos programas, nomeadamente jogos e linguagens de programação: Python e Scratch. Pode descarregar o NOOBS aqui. Python é uma linguagem de programação de alto nível, orientada a objetos. Por seu lado, Scratch utiliza imagens e permite criar histórias interativas, jogos, música e arte. Promove a aprendizagem de importantes conceitos matemáticos e computacionais, incentiva o pensamento criativo e a cooperação. De destacar que o Raspberry Pi possui, ainda, um conjunto de ligações designadas GPIO (entrada / saída de uso geral) que permitem que o computador comunique com o exterior, alargando a sua utilização educativa (útil para experiências de robótica, domótica, automação, instrumentos musicais, câmaras “stop motion”, etc.). Em Portugal existe uma comunidade –  Raspberry Pi Portugal, com páginas no facebook e na internet, mas parece-me não ter atividade há muitos meses… A revista dedicada ao Raspberry Pi, The MagPi (em inglês), pode ser descarregada gratuitamente aqui. E a Fundação Raspberry Pi tem mesmo uma Academia –  Picademy – para treino gratuito de professores.. O repto aqui fica: vamos promover o conhecimento e a utilização dos computadores pelos jovens de forma mais cooperativa e criativa ! Atenção Pais e Professores: o projeto Raspberry Pi pode ser um bom meio para regressarmos ao futuro!

AS NOVAS TECNOLOGIAS II

Entrei no “metro” na estação do Marquês de Pombal. Contrariando a minha vivência diária “normal”, eu estava com pressa pois tinha apenas 15 minutos para chegar ao meu “ponto de encontro”. Encostei-me à porta oposta à da entrada e perdi-me no cultivo dos meus pensamentos… Entretanto, pelo canto do olho esquerdo, chamou-me à atenção um indivíduo dos seus 30 anos, de fato e gravata, que falava e gesticulava para um jovem de “t-shirt” que ia ao seu lado. Não ouvi o que dizia o homem de fato e gravata (pois… é “feio” ouvir as conversas dos outros…), mas achei estranho que o seu interlocutor, o tal jovem da “t-shirt”, não reagisse, mesmo que por gestos, e desviasse ostensivamente o olhar do “orador”. Achei ainda mais estranho, que o homem de fato e gravata fosse dando um passo à frente, rodopiasse e voltasse ao ponto de partida, como numa dança ritual, sempre a falar e a gesticular. E foi então, numa dessas piruetas, que eu vi pendendo do ouvido do “orador”, um fio negro do “kit mãos-livres” do telemóvel! Afinal, o homem de fato e gravata estava, desde o início, a falar com alguém através do telemóvel e não com o vizinho do lado! CONCLUSÃO: Nem tudo o que parece é… Por isso, é necessário observar bem as várias vertentes da realidade antes de tirarmos conclusões! E, às vezes, as novas tecnologias fazem-nos assumir cada papel(ão)…

AS NOVAS TECNOLOGIAS

Estava eu, tranquilo e ledo, a almoçar num daqueles self-service com preço fixo por pessoa, quando reparei num homem, dos seus 40 anos que, na mesa próximo da minha, gesticulava, animadamente, para o seu copo de cerveja, junto ao prato… «Algo de muito estranho se passa com este meu “vizinho” para  “ralhar” assim com o copo…», pensei eu, entre duas garfadas de peixe escalado e grelhado.   Entretanto, terminei o meu peixe e levantei-me para ir buscar uma peça de fruta ao balcão. Ao regressar, passei pela mesa do comensal gesticulador e, oh espanto!, encostado ao copo de cerveja encontrava-se um “smartphone” onde era visível a imagem de alguém, também gesticulando!   Afinal, o meu estranho vizinho de mesa utilizava a língua gestual para comunicar com outra pessoa, “ao vivo e a cores”, através de videochamada… Eventualmente, um ou os dois interlocutores eram surdos, daí a língua gestual que eu não decifrara…   Na realidade, as novas tecnologias, produzidas de forma sustentável e bem utilizadas, podem      abrir-nos novos “mundos” antes fechados e derrubar “barreiras” que nos separam dos outros.